O Site SUPERGOSPEL elegeu os 10 maiores DVDs da década. Confira!
Critérios de seleção: DVDs lançados de 1 de janeiro de 2010 até à presente data.
10. Árvore de Bons Frutos – Apocalipse 16, Pregador Luo
7 Taças, 2010
Ao invés de apostar num show tradicional, Pregador Luo optou por um formato intimista. Árvore de Bons Frutos é um ótimo registro de DVD gravado em estúdio, com a direção concentrada de Hugo Pessoa e um repertório que passeia entre hits do Apocalipse 16 e destaques solo de Luo. O DVD também acompanhou um álbum com as últimas inéditas lançadas na carreira do APC e, também, mixtapes.
9. Piano e Voz, Amigos e Pertences 2 – Paulo César Baruk e Leandro Rodrigues
Musile Records, 2017
O entrosamento entre Paulo César Baruk e o tecladista Leandro Rodrigues, aliado a um repertório de covers feitos com propriedade fazem com que Piano e Voz, Amigos e Pertences 2 seja um dos maiores pontos dos últimos anos. A direção de Flauzilino Jr. faz exatamente o que se espera de um álbum que aposta no minimalismo.
8. Ao Vivo em São Paulo – Heloisa Rosa
Musile Records, 2014
Poucos artistas como Heloisa Rosa tiveram uma obra tão consistente e autoral em dez anos de carreira. Sustentada por quatro bons álbuns, a artista mineira teve espaço para apresentar hits encabeçados por uma narrativa consistente da queda humana e redenção. Ao Vivo em São Paulo é muito semelhante a Princípio, de Leonardo Gonçalves, outro registro também gravado no Teatro Bradesco e dirigido por Hugo Pessoa.
7. Dois Tempos – João Alexandre
VPC Produções, 2010
João Alexandre manteve-se em silêncio na década de 2010, sem lançar novos álbuns. Dois Tempos, quase numa função de fechamento de obra, é um passeio por sua obra desde o Grupo Pescador. O projeto é extremamente simples e básico do ponto de vista visual, mas as performances impecáveis de João fazem que, musicalmente e tecnicamente, seja um dos melhores e mais imperdíveis registros dos últimos anos.
6. 35 – Rebanhão
Onimusic, 2017
Sustentado pelo repertório apoteótico lançado de 1981 a 1993, o Rebanhão se reencontrou em sua melhor formação e em ótima forma. Pedro Braconnot, tecladista e um dos vocalistas, é um exemplo de músico que não parou no tempo. Ao lado de Paulo Marotta e Carlinhos Felix, o instrumentista manteve a espontaneidade dos clássicos do grupo, mas como se fossem canções novas. 35 é a celebração representativa de toda uma geração: o projeto teve, entre seu público, um número considerável de cantores evangélicos notáveis, mas o Rebanhão encaminhou tudo apenas com sua base, sem participações ou perfumarias. Além disso, a banda foi, nesta década, símbolo máximo de um movimento de revivals de grupos outrora inativos e que retornaram graças à nostalgia.
5. Teus Sonhos – Fernandinho
Onmusic, 2013
Com base num de seus melhores repertórios, Fernandinho teve muito espaço no HSBC Arena. Numa direção parecida com a de Thalles dois anos antes, Alex Passos apostou em um palco na tendência dos 360 graus. O resultado é um registro que dá muita liberdade para o cantor e, principalmente, para sua esposa Paula Santos, que cresce sua participação absurdamente em comparação a projetos audiovisuais anteriores.
4. Creio – Diante do Trono
Som Livre, 2012
Diante do Trono lançou alguns dos melhores projetos audiovisuais da década de 2000 e manteve a tradição com Creio, o registro mais teatral de toda a sua carreira. Gravado em Manaus, fora do eixo Rio-São Paulo, o álbum é um prato cheio de efeitos visuais, inclui vários elementos da cultura do norte brasileiro e fez crescer a imagem de outros integrantes do grupo além de Ana Paula Valadão, como Israel Salazar e, especialmente, Ana Nóbrega.
3. Princípio – Leonardo Gonçalves
Sony, 2014
Com Princípio, Leonardo fez com que os teatros voltassem a ser espaços frequentados por evangélicos (vale lembrar que muitos artistas faziam shows em locais do gênero nas décadas de 1980 e 1990). Como registro audiovisual dirigido por Hugo Pessoa, o projeto faz jus à imagem reservada e tímida de Gonçalves. Apesar de não ser um performer habilidoso em termos de imagem, Leonardo é um grande produtor e soube montar seu repertório em torno de uma ideia que unificasse todos os seus álbuns. A roupagem dada às canções valoriza arranjos de base, e a banda que o acompanha é impecável.
2. D.D.G. Experience – Oficina G3
MK Music, 2010
Hugo Pessoa já tinha se provado um nome relevante com Ao Vivo no Maracanãzinho (Trazendo a Arca), um dos projetos mais ambiciosos de toda a história da música cristã brasileira, e D.D.G. Experience é uma continuação da construção de sua imagem como diretor. Ao invés de um ginásio como o Maracanãzinho, uma usina foi escolhida. O cenário foi adequado para um disco tão rochoso e duro como Depois da Guerra, e o Oficina G3 nunca se mostrou tão eficiente ao vivo. Mauro Henrique ainda era um vocalista tímido e desajeitado, mas sua voz se encaixou perfeitamente entre as guitarras de Juninho Afram. Mas quem roubou a cena, de fato, foi o tecladista Jean Carllos. D.D.G. Experience é um ótimo registro da formação que fez o Oficina G3 manter sua relevância ao longo dos últimos 10 anos.
1. Uma História Escrita pelo Dedo de Deus – Thalles
Graça Music, 2011
Thalles foi uma das figuras mais enigmáticas e controversas da década de 2010; sua habilidade acima da média como performer e suas atitudes de sincericídio lhe fizeram amargar fortes críticas ao longo dos anos. Mas em Uma História Escrita pelo Dedo de Deus o cantor e compositor está em pleno voo, com seus melhores desempenhos e o melhor repertório. O álbum é um dos grandes registros da década; mistura regravações bem conhecidas com inéditas que ganharam todo o cenário evangélico. A direção de Alex Passos e o palco construído soube valorizar muito bem a imagem de Thalles como um cantor de estádio, alguém que definitivamente sabe levar entretenimento ao cenário evangélico. Uma História Escrita pelo Dedo de Deus é o auge do caso Thalles, a ascensão e queda de um grande intérprete que levantou um segmento que mal começou.
Avaliações
De 10 a 4: ★★★★☆
De 3 a 1: ★★★★
Fonte: SuperGospel
Imagens: Divulgação
